in "Correio do Minho":
"Candidatura bracarense recebe ‘luz verde’ do governo
A candidatura, corporizada também pelos municípios de Barcelos, Guimarães e Famalição, foi seleccionada em primeiro lugar no contexto das 26 formalizadas a nível nacional."
Antes de mais parece tratar-se de uma boa notícia para a região, resta saber qual vai ser o impacto "prático" deste programa.
Dado o notório sucesso do programa "Polis" em algumas cidades de dimensão dramáticamente menor do que a totalizada pelas cidades do "quadrilátero urbano", julgo ser justo esperar algo de espectacular desta espécie de "Programa Pólis II". Anunciado como um "programa para a competitividade, inovação e internacionalização" espero que os autarcas locais saibam operacionalizar devidamente este espírito. Assim, deixo a minha interpretação pessoal sobre cada um dos termos quando aplicados à nossa região:
- competitividade: entendo-a claramente como competitividade face ao núcleo "metropolitano" mais próximo, ou seja, a Área Metropolitana do Porto. Nesta "rúbrica" do programa devem-se inscrever projectos que reforcem as sinergias da região, como poderão ser o comboio a ligar Guimarães a Barcelos (eventualmente Esposende) via Braga (com paragem nos principais núcleos urbanos e indústriais) o "light rail" a ligar Guimarães a Barcelos via Famalicão e Famalicão a Braga (idem, idem, aspas, aspas).
- inovação: aposta clara nas novas tecnologias, àrea em que a região já é tão rica, (dinamização do AvePark e do INL, retoma do TechValley). Alargamento da Universidade do Minho a Barcelos e Famalicão (e eventualmente a Viana do Castelo).
- internacionalização: aposta no vizinho mercado galego como potências consumidores das atracções turisticas minhotas (incluíndo o esquecido novo parque de diversões de Braga e a "Guimarães - Capital Europeia da Cultura 2012"). Ligação directa de Braga ao aeroporto Sá Carneiro via comboio ou "light rail". Candidatura dos centros históricos de Braga e Barcelos a Património da Humanidade. Celebração de acordos entre a Universidade do Minho e universidades estrangeiras de referência.
Saliento as sinergias que podem ser retiradas destas três vertentes: as ligações rápidas entre as cidades facilitam a existência de mais pólos da UM; parques industriais activos e tecnologicamente relevantes potênciam o uso do transporte de mercadorias ferroviário entre cidades, garantindo assim a auto-suficiência da infra-estrutura ferroviária; a ligação ao aeroporto impulsiona a fixação de empresas relevantes na região; a fixação de empresas implica a criação de empregos bem remunerados que favorece o turismo.
É fácil de perceber para quem jogou muito "Sim City" que o que é realmente dificil criar é um impeto de crescimento sustentado. Este impulso pode ter sido agora conseguido!
Espero ansiosamente por saber como os nossos autarcas vão aproveitar este impeto e quando vai a obra "física" começar a ser visivel.
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